terça-feira, 25 de janeiro de 2011

* disimulação ou preconceito?*

A rejeição de Ariadna fora da casa do Big Brother já declarava: ela seria a primeira eliminada do programa. Expulsa com 49%, foi condenada sem direito a se defender. Na verdade, ela não queria se defender de nada. Achava que não precisava abrir “seu segredo”, coisa íntima sua, e que estava tudo bem. “Fui garota de programa. Pronto, falei”, declarou Ariadna, numa festa, às meninas, como se este fosse o grande boom de seu universo particular.A graça do programa parecia estar justamente em nós, espectadores, zombarmos dos participantes. Aguardamos o momento em que ela ficaria com um dos rapazes que, ingênuo, só depois seria avisado de que tudo era uma grande pegadinha e que ele tinha beijado um “ex-homem”. Por que então agora, já na primeira semana, tirá-la da casa e não deixar o circo pegar fogo?

Na última edição do BBB, o telespectador deixou por muito tempo no ar Serginho, um menino que se maquiava, usava shortinho colado e diadema e distribuía selinhos em todos. Chocante? Também habitante da casa por longos capítulos, Dicésar, drag-queen, gay, excluído, protagonizou um racha com o valentão e posteriormente milionário Dourado. Estranho? 
Ariadna não foi sincera, não se revelou como o público queria. Para o telespectador, ela deu uma de esperta, quis zombar com a cara de todos, e isso brasileiro não perdoa. Gosta da coisa escancarada. Que o diga Jean Willis, que assumiu sua homossexualidade nos primeiros 15 minutos de fama e, como prêmio por sua sinceridade, levou a bolada milionária ao defender em rede nacional a causa gay.

Aparentemente, não foi questão de preconceito. Ela errou na estratégia. Aparentemente…

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